Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

domingo, 24 de março de 2013

O ÓCIO CRIATIVO

O homem que trabalha perde tempo precioso!

Porque a maioria das pessoas não consegue melhorar o nível de vida com sua profissão? E por que não são felizes com aquilo que fazem profissionalmente?

A resposta pode estar na forma pelo qual a maioria empresas e pessoas são gerenciadas, isto é, por um modelo de negócio do início do século 20, na qual as pessoas não se sentem à vontade. As pessoas precisam de um novo ambiente onde possam ser felizes e produtivas.

 
Domenico de Masi (foto acima) em seu livro "ÓCIO CRIATIVO*" mostra como chegar lá.

 
Domenico de Masi ganhou notoriedade mundial ao divulgar sua teoria sobre o poder criativo do ócio. Segundo ele, as pessoas devem aprender a ocupar o seu tempo livre com atividades que tragam prazer e agreguem valor. Para falar da teoria de Domenico é preciso destacá-lo do rol dos alarmistas do futuro ou do fim do emprego. Sua visão e teoria buscam realçar o que temos de melhor: a capacidade de criação e inovação.

Para o autor, estamos vivendo uma nova ordem econômica em que as pessoas irão viver mais devido a avanços tecnológicos e científicos, prolongando a vida das pessoas. Porém temos que mudar, porque ainda trabalhamos e vivemos da mesma forma que 100 anos atrás. O trabalho, hoje, segundo Domenico, nos leva para uma reavaliação sobre a localização, pois não precisaremos estar no local físico da empresa para executarmos atividades produtivas. Hoje há empresas deixando seus empregados trabalhando em casa, no conceito "Home Office".

 
Na educação, há necessidades de mudanças, pois a escola atual prepara as pessoas para o mercado de trabalho no modelo da sociedade industrial. Temos ainda muito que fazer nas áreas de ensino e aprendizagem, saindo do formato tradicional para um modelo espacial e virtual.
Nós só iremos atingir um nível melhor de bem estar e felicidade quando entendermos e nos darmos o luxo de ter nas atividades criativas o nosso maior tempo gasto, nas quais trabalho formal e tempo livre convivam bem e se confundam.

Para atingir esse grau, devemos passar por um processo de mudanças comportamentais, culturais e políticas. O autor fala que o Brasil é o país que está mais preparado no mundo, pois temos algumas das maiores qualidades para a mudança: sensualidade, espontaneidade, alegria e hospitalidade.

 

Conclusão

 

A proposta do ócio criativo como uma ferramenta para o aprimoramento pessoal fora do trabalho é uma das mais belas teorias já produzidas, cuja efetivação é possível, pois cada vez mais nos deparamos com a necessidade de compor o nosso conhecimento e desenvolvimento pessoal com atividades que agreguem valor, prazer e qualidade de vida, pois como diz Domenico - "A criatividade não é só ideias, é unir fantasias com concretizações". Saber o que fazer com o tempo livre é construir um mundo novo no qual exercitaremos o corpo e a mente, reencontraremos os amigos, a família e reinventaremos a coletividade. Domenico mostrou a saída, - "Tornar o ócio uma atividade produtiva".

Conhece algum invejoso? Como identificá-los?


O que é inveja?

A inveja é um sentimento intrigante. Apesar de todos nós o experimentarmos, ninguém gosta de reconhecer quando o está sentindo. Afinal, é um sentimento controverso: indica que algo positivo desperta algo negativo.

O Novo Dicionário Aurélio explica: “Inveja é o desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Um desejo violento de possuir o bem alheio”. Já o Dicionário de Psicologia Dorsch esclarece: “A inveja pertence aos sentimentos intencionais. É uma insatisfação, o aborrecimento com a alegria do outro”. Portanto, aquilo que é invejável é encarado como algo de muito valor.

Bem, creio que por mais definições científicas ou linguísticas, psicológicas ou filosóficas sobre esse tipo de sentimento, não conseguirei expressar a lamentação que sinto ao saber que pessoas próximas vivem esse dilema.

Há muita gente que escreve e descreve sobre a inveja. Uma delas me veio à cabeça. Alguém se lembra de “A Raposa e as Uvas”? Não estou falando da música do rei Reginaldo Rossi, que eu cantava ao lado da minha mãe, quando menino. Refiro-me fábula atribuída a Esopo. Impossibilitada de ter acesso às uvas, a raposa começou a tecer considerações sobre a falta de valor dos frutos, o fato de estarem verdes.

A inveja dirigiu-se aos frutos, isto é, à criatividade da árvore, àquilo que ela pode oferecer e criar. A ideia de “frutos” permite que se lembre a inveja da obra do outro, de suas ideias, de seu trabalho e de sua capacidade de criar obras de arte ou científicas.

Vamos imaginar uma conversa entre pessoas que estão jogando papo fora. Do nada, alguém começar a falar das coisas boas que estão lhe acontecendo. Quantos rostos e mentes diferentes surgem naquele momento! Poucos expressam interesse real e se regozijam com sinceridade. A maioria irá sentir inveja, mesmo que não se dê conta.

 
Imaginemos, também, a seguinte situação:

Dois casais. Um rico e um modesto. O rico tem dinheiro, mas, poucas vezes, tem consciência de como viver com o que possui. O modesto, por sua vez, consegue viver plenamente a sua vida, aproveitando o que de melhor lhes é permitido.

O casal rico possuem carros. O casal modesto, com muito esforço, compra um carro. Como o carro do casal modesto é mais moderno, bonito e mais caro do que um dos carros do casal rico, o homem rico vendo um dos seus carros modestos e compra um carro mais caro, da moda.

A inveja é um sentimento que pode ocasionar as mais diversas brigas e no trabalho não é diferente. A cobiça por cargos mais altos fora dos limites torna a convivência muito complicada e dificulta os relacionamentos.

É possível driblar os efeitos dos invejosos e conseguir manter a calma na hora das provocações. Para isso, é necessário que a pessoa consiga controlar suas emoções e principalmente não ceder às provocações.

A inveja em muitos casos é causada pela ascensão de alguns e estagnação de outros. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materiais como qualidades inerentes ao ser) e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor.

 

Veja abaixo relação de sintomas:

- O invejoso é frustrado, se incomodando com o sucesso do outro.
- O invejoso tem baixa autoestima.
- O invejoso enxerga mais as qualidades do outro que as suas.
- O invejoso passa o tempo todo se comparando com o outro.
- O invejoso atrapalha a produção do outro.
- O invejoso tenta diminuir as realizações do outro.

 

Como lidar com tudo isso? Como viver com os invejosos?

Ignore-os. Sim, é mais fácil dizer do que fazer. Mas, na verdade, pense nisso! Você quer estragar sua compostura, a paz de espírito e humor jovial pensando nessas pessoas invejosas? Por que se preocupar? Use o seu tempo, energia positiva e talentos para buscas mais produtivas, e você não será capaz de fazer isso até que você aprenda a se desapegar, ignorando as travessuras deles. Eles não valem o esforço.

Retorne o mau comportamento deles com o bem. Nada extingue fogo como a água! As pessoas bem sucedidas não só ignoram malícia – eles pegam essas oportunidades para converter os seus inimigos em amigos. A melhor maneira de fazer isso - e a mais difícil – é fazendo o bem a essas pessoas, assim que tiver a oportunidade.

Nunca se rebaixe ao nível deles! Não se combate fogo com fogo. Se você começar a devolver olho por olho, você não é melhor do que eles. Dois negativos, não fazem um positivo. Não recorra à vingança, não importa o quanto você pode ser tentado. Alguns fofoqueiros poderiam te induzir a lutar, dizendo: "Você ouviu o que [pessoa invejosa] disse sobre você?". Ignore essas tentativas de guerra, os outros apenas querem ser entretidos por sua conta. Irá tornar a situação ainda pior.

É importante perceber que cada um de nós vai conseguir o que está destinado para nós. Se manter constantemente a par das aquisições dos outros e copiar o que eles têm, se perguntando porque você não tem isso, só irá resultar na destruição de nossa própria paz de espírito e felicidade pessoal.

Se contente com o que você tem e quem você é. Trabalhe duro para fazer o que você ama. Pensamentos positivos e sinceridade pelos outros levam a boa saúde e bom humor!

quinta-feira, 21 de março de 2013

As 90 cidades brasileiras que já têm a educação do futuro

Fórmula matemática avançada: os alunos no 5º ano ainda não conseguem resolvê-la,
mas estas cidades estão fazendo com que eles possam fazê-lo no futuro
Considerando apenas a rede pública de ensino, esses são os únicos 90 municípios, entre mais de 5,5 mil, que cumprem hoje metas esperadas de todo o país para 2022.

As 90 cidades listadas nesta matéria cumprem hoje um requisito que é esperado dos demais municípios brasileiros apenas em 2022, ano em que se comemora o bicentenário da independência do país: ter ao menos 70% dos alunos no 5º ano do ensino fundamental com o aprendizado esperado em português e matemática.

No Brasil de hoje, apenas 37% dos estudantes podem dizer o mesmo em língua portuguesa e 33% na resolução de problemas envolvendo números.

A meta foi instituída e é acompanhada anualmente pelo Todos pela Educação, com base em uma escala de aprendizado com vasta aceitação entre estudiosos.

Dos 27 estados e o DF, apenas nove têm cidades que já hoje cumprem tais requisitos. Vale ressaltar, porém, que quando a avaliação chega ao 9º ano, nenhuma cidade do Brasil atinge 70% nas duas disciplinas, situação ainda pior no ensino médio.

Para se chegar aos 70%, soma-se o desempenho dos alunos que aprenderam o adequado e daqueles que se excederam – foram ainda melhor que o esperado - na Prova Brasil, aplicada pelo governo federal.

Os dados se referem a 2011 e foram levantados pela Fundação Lemann com base na plataforma de dados educacionais qEdu.
 
CidadeEstadoNº total de alunos no 5º ano% dos que aprenderam Matemática% dos que aprenderam Português
MucamboCE22582,10%76,60%
SobralCE2.53581,90%74,30%
Alfredo ChavesES9173,10%71,60%
CorumbaíbaGO9075,80%73,80%
ItaúcuGO4170,60%73,10%
Três RanchosGO2180,00%85,00%
AiuruocaMG6582,40%88,70%
AlagoaMG3574,30%71,40%
ArapuãMG4681,30%72,80%
CapetingaMG8586,50%80,50%
CarvalhópolisMG6794,50%76,30%
ClaravalMG7598,70%97,30%
Conceição da AparecidaMG13491,50%81,00%
DescobertoMG4791,20%91,10%
Desterro do MeloMG5186,50%73,10%
Dores do TurvoMG4684,80%82,60%
DouradoquaraMG2490,90%81,80%
GonçalvesMG5891,20%76,20%
GuimarãniaMG12573,90%74,70%
Iraí de MinasMG8671,50%72,40%

PARA MIS AMIGOS Y AMIGAS DE TODAS LAS CRENCIAS Y ACTIVIDADES SOCIALES.


El pasado 21 de febrero de 2013 asistí a una brillante conferencia de prensa en el auditorium del periódico Estadão, en San Pablo de la periodista cubana  Yoani Sánchez, que ha recibido el premio "ORTEGA " y "GASSET DEL PERIODISTA"
La golondrina cubana llegó a Brasil unos días antes de esta conferencia, estuvo en Recife, Bahía, Brasilia y después en São Paulo, fue recibida con aplausos por unos y críticas por otros, se produjeron encuentros pocos agradables, ya que hubo protestas de grupos izquierdistas, algunos de estos elementos fueron creados por agentes de la seguridad cubana que viajaron especialmente a Brasil para esto y entraron en contacto con algunos miembros del PT, para crear este ambiente.
Ella es una intelectual muy bien preparada ,durante dos horas, ante un público muy especializado y delante de más de 80 periodistas, con cámaras de televisión, tabletas electrónicas, y la internet, respondió a las preguntas más variadas.

Su lenguaje de un alto nivel técnico, con una pronunciación exacta y una dicción impecable se convirtió en un gran mache-te lo primero que explicó su origen humilde de un solar habanero, como pasó necesidades desde niña y como había estudiado, como era trata por el régimen de la familia Castro al no estar de acuerdo con la línea del gobierno.

 
Después se dio a la tarea de explicar las varias preguntas, sin usar en ningún momento notas, SU VOZ ES SU ARMA DE COMBATE, SU INTELIGENCIA ES SU ESCUDO PROTECTOR. Hizo una cuidadosa explicación de la historia político-económica y social de Cuba desde 1959 hasta la actualidad, mientras ella hacía su intervención pasaban por mi cabeza los hechos marcantes, como los campos de concentración realizados en los años 60, las terribles UMAP (Unidades Militares de Ayuda  a la Producción), donde fueron confinados los homosexuales, los jóvenes que gustan de los Beatles y de las personas que no gustan de la revolución.
 
Después pasó a explicar las campañas de orientación maoistas como la ofensiva revolucionaria, la lucha contra los vagos, las campañas de los CDR ( Comité de Defensa de la Revolución) para vigilar a todas las personas que no participan en las actividades de la revolución.
 
Destacó la ineficiencia de la economía socialista en la producción agropecuaria, la decadencia de la producción azucarera  desde 1970 hasta ahora, como se han cerrados y desmantelados los centrales azucareros, la ineficiencia de la producción de alimentos básicos, los fracasos en la Educación y la Salud Pública, pero explico y dejó claro que la red educacional y de salud pública existe en el país, pero faltan los remedios o medicamentos, y la calidad de ambos sectores es muy baja. Habló también de la política sectaria del Partido Comunista de Cuba (PCC)  y como se realizan las elecciones por los barrios, municipios y provincias y como son elegidos los dirigentes del país.

Su físicio es de una mujer pequeña, delgada, con un pelo muy largo, vestida sencillamente, pero su mirada es muy penetrante, con una espiritualidad muy grande, con unos ángeles que la custodian eternamente, pero cuando abre la boca, se mueve y explica sus ideas, su figura se multiplica unas 10 veces, es simpática, agradable, se ríe mucho y tiene un verbo es su palabra muy fuerte.

Hay que destacar que ella ha tenido la suerte de encontrar a un Don Quijote brasileño, el señor Eduardo Suplecy, senador del PT (Partido de los Trabajadores), que hizo todas las gestiones internacionaleds para que ella pudiera ir a Brasil y realizan sus conferencias. Èl es del mismo partido que la presidente de Brasil Dilma Rousseff y del ex- presidente Lula.

Su presencia en Brasil también estaba relacionada con el lanzamiento de un documental sobre los derechos humanos, grabado en Cuba y en Honduras. El documental primero trata este problema en Cuba y muestra a  Yoani en su casa caminando con una muleta después de ser agredida por las hordas cubanas. Aparecen varias escenas con las damas de blanco y sus manifestaciones por las calles cubanas y las agresiones que reciben. Las escenas son aterradoras y manifiestan las formas de actuar del gobierno cubano. La segunda parte, mucho menor trata los problemas de Honduras.
 
Después de Brasil, la golondrina cubana tenía una programación extensa hasta fines de marzo que incluyen , visitas a la República Checa, Alemania, Francia, México y Estados Unidos, donde estaría unos días de vacaciones con su hermana en Miami y conociendo a un pequeño sobrino, hijo de su hermana.
 
Ella es una valiente mujer cubana, que ha desafíado al régimen cubano y piensa volver a Cuba a finales de este mes. Pido a todos mis amigos y conocidos que pasen estas notas a otras personas interesadas, pues la táctica del gobierno cubano ahora es desaparecer o crear accidentes u otras variantes para matar o eliminar a los opositores al régímen.
 
Recordemos siempre que la verdad es para decirla no para ocultarla y la internet es la fuerza mayor que existe ahora, antes eran los ejércitos con sus armas y las invasiones masivas, ahora todo esto lo hace la internet, por eso es prohibida en varias países .


Un abrazo fraternal para ustedes, su amigo de siempre Roberto Juan

terça-feira, 19 de março de 2013

MEC: redação com receita de macarrão não fugiu ao tema

Candidato dedicou quatro linhas do texto a ensinar corretores a cozinhar.
Mas obteve 560 pontos, visto que não teve a intenção de anular teste, segundo Inep.

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tentou justificar, por meio de nota, a pontuação obtida pelo estudante que, na edição de 2012 do Enem, ensinou em sua redação como se prepara um macarrão instantâneo. Para o Inep, o candidato "não fugiu ao tema proposto". E, embora tenha dedicado um parágrafo da redação à receita, "não teve a intenção de anular sua redação, uma vez que dissertou sobre o tema e não usou palavras ofensivas". A avaliação pedia que o aluno escrevesse sobre movimentos imigratórios para o Brasil do século XXI.

O estudante, que não teve o nome divulgado, fez uma dissertação de 24 linhas, sendo que quatro delas foram utilizadas exclusivamente para ensinar os corretores da prova a preparar macarrão instantâneo. "Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva (sic)", escreveu. Mesmo com o deboche, o candidato conseguiu 560 pontos dos 1.000 possíveis na prova.

O teor da redação foi divulgado em reportagem da edição desta terça-feira do jornal O Globo. Na segunda-feira, o jornal também informou que estudantes que obtiveram notas máximas na redação do Enem 2012 cometeram erros grotescos de ortografia, tais como "trousse", "enchergar" e "rasoavel".

De acordo com o Inep, a presença da receita no meio do texto do participante foi detectada e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização, especialmente nas competências três (selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações) e cinco (elaborar proposta de intervenção para o problema abordado). No entanto, o Inep justificou que o aluno obteve nota superior a 50% porque "a análise dos corretores é feita sobre o todo, com foco no conjunto do texto, e não em cada uma de suas partes".

Quando as notas dadas pelos dois corretores têm discrepância superior a 200 pontos, um terceiro avaliador é acionado. Contudo, no caso do estudante, essa opção não foi sequer necessária visto que os avaliadores concordaram com sua pontuação. 
 
 
É como eu afirmei no meu facebook:
 
EU NÃO VOU LIGAR MAIS QUANDO MEUS ALUNOS ESCREVEREM "TROUSSE" PORQUE CORRO O RISCO DE OUVIR:
- FESSÔ, O SINHÔ NUM PODE MIM REPROVÁ, PORQUE NO ENEM EU TIRU NOTA 1.000

 


 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Primeiro Sulamericano, Primeiro Jesuíta, Primeiro Francisco

O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, será chamado de Francisco.
 

Significado do Nome Francisco

Francisco: Tem origem no nome em Latim Franciscus, que quer simplesmente dizer "francês", ou "aquele que vem da França".

Franciscus vem do germânico Frank, que quer dizer "Franco" com o sufixo isk, que denota nacionalidade. Franco significa "livre", por isso a tradução do nome Francisco é "francês livre".

A primeira ocorrência do nome Francisco, aconteceu no século XIII. Estando na França quando o filho nasceu, e como era admirador desse país, um homem italiano da cidade de Assis resolveu mudar o nome do filho para "Francesco". Esse menino veio a ser São Francisco de Assis.

São Francisco de Assis traduz a personalidade humilde e simples pela qual o argentino, que anda de ônibus e se dedica aos mais pobres, é conhecido. Embora Bergoglio não tenha se formado pela ordem franciscana, sua personalidade se assemelha à de São Francisco de Assis, cujo nome está atrelado à humildade, à simplicidade e à reconstrução da Igreja.

Francisco, o nome de um defensor dos pobres e de um missionário jesuíta. Há alguns santos na Igreja Católica chamados Francisco. Os mais conhecidos são S. Francisco de Assis e S. Francisco Xavier. Mas quem foi Francisco de Assis? E quem foi Francisco Xavier?


 

Francisco de Assis nasceu em 26 de Setembro de 1182, na cidade de Assis , na Itália. Antes de entrarmos basicamente na questão, queria ressaltar que Francisco foi o mais querido santo que já passou pelo plano terrestre; sendo venerado por católicos, pelos protestantes e por outras filosofias.

É bom ressaltar que na época que Francisco nasceu e viveu, tínhamos uma Igreja católica dominante e corrupta. Como toda a criança , teve uma infância cheia de travessuras, até os 20 anos ajudava e era o orgulho do seu pai nos negócios. Decidiu ir a guerra contra Perusa, em nome de sua cidade. Foi preso e depois de um ano foi resgatado por seu pai por motivo de doença, juntamente com alguns outros que participaram na guerra. Foi nesta época que teve seus primeiros contatos com o evangelho.

Francisco descobre sua vocação aos 24 anos de idade, quando, segundo as fontes, recebe uma revelação na Igreja de São Damião. A partir de então, abandona tudo e todos, e sai em busca de sua paz, ajudando doentes, confortando miseráveis e leprosos, amando todos como irmãos. Será chamado de louco pois dará tudo o que tem aos pobres, porém torna-se mais forte com as críticas que recebe.

Francisco renuncia a todos os bens terrenos, e, sendo assim, ele trata de desprezar a própria vida mundana para encontrar como a pobreza e a felicidade que tanto almejava. Torna-se uma pessoa muito humilde, que também passou por muitas provações. Em suas viagens, quando ia as cidades para pregar, diziam que fazia muitos milagres. Muitos se convertiam, isto é, adotavam seu modo de vida. Desta forma, ele ia ficando cada vez mais famoso e por onde passava as pessoas queriam vê-lo e tocá-lo para terem uma lembrança do santo.

Ele pregava a humildade, a generosidade, o respeito a natureza e outros atributos extraídos dos ideais da cavalaria, já que ele também cresceu num ambiente em que os ideais de cavalaria eram consagrados como um estilo de vida. O amor cortês de Francisco derivava do amor pela esposa do Senhor, do mesmo modo que o cavaleiro bajulava a esposa do seu Senhor temporal. O poverello declarava o seu amor pela dama pobreza, esposa do seu senhor Jesus. Na medida em que notamos uma reordenação dos princípios e a aceitamos, podemos também admitir que Francisco foi um grande cavaleiro: o cavaleiro da dama pobreza.

A relação de Francisco com o seu tempo, parece-me uma relação ligada basicamente com a estrutura social e com os problemas aos quais seus contemporâneos enfrentavam. Estavam ocorrendo mudanças no âmbito econômico, e também havia um crescimento demográfico, as quais resultaram numa urbanização e numa maior aproximação da população com a religiosidade. Em suma a relação de Francisco com a pobreza, o trabalho, o progresso, etc..., revelam um Francisco afetado, pensando as questões postas por seu tempo; residindo seu traço inovador na forma como interpreta e lida com tais questões. A verdadeira inovação de Francisco foi se unir aos pobres, se tornando ele próprio um pobre.

 

 

Francisco Xavier nasceu no castelo da família em Xavier, no Reino de Navarra, a 7 de Abril de 1506, segundo o registo mantido pela sua família. Filho de famílias aristocráticas navarras, era o filho mais novo de Juan de Jasso (conselheiro da corte do Rei João III de Navarra) e de Maria de Azpilicueta y Xavier, única herdeira de duas famílias nobres de Navarra.
 
Seguindo a tradição basca de atribuição do sobrenome, foi batizado herdando o nome de sua mãe, de Xavier. O seu nome é corretamente escrito Francisco de Xavier e não Francisco Xavier, já que Xavier provém do nome da terra da qual a família é originária. Nem Francisco Javier, já que essa é a grafia castelhana. Além disso, Francisco de Xavier desempenhou o seu apostolado em território português e essa é a pronúncia portuguesa da mesma palavra.

São Francisco Xavier morre a 3 de dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes, abraçado ao crucifixo que o velho amigo Inácio de Loyola, um dia, lhe tinha oferecido. Francisco Xavier é um santo católico. Foi beatificado pelo Papa Paulo V a 25 de outubro de 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV, a 12 de março de 1622, em simultâneo com Inácio de Loyola. É o santo patrono dos missionários. O seu dia festivo é 3 de dezembro.

 

A Ordem dos Jesuítas

No século XVI, a Europa viveu uma grande reviravolta com o surgimento e a consolidação das religiões protestantes. O aparecimento de outras religiões cristãs não só determinava novas concepções de fé, mas também ameaçava a hegemonia assumida pela Igreja Católica ao longo de séculos. Foi desse modo que os dirigentes da Igreja deram uma resposta a essa situação, determinando a criação da chamada Companhia de Jesus.

A Companhia foi primordialmente controlada por Inácio de Loyola, um ex-soldado basco que se converteu à vida religiosa após sobreviver a graves ferimentos obtidos por um tiro de canhão. O encontro entre a Ordem e a Igreja aconteceu em 1540, quando os integrantes do movimento foram incumbidos de tomar a cidade de Jerusalém dos otomanos. Sem obter sucesso nessa primeira missão, os jesuítas foram logo reorientados a converter os nativos e protestantes que se encontravam em solo americano.

Por volta de 1550, a Ordem de Jesus possuía um número de integrantes bastante pequeno para a missão de catequizar o Novo Mundo. Contudo, as boas relações com vários monarcas europeus e a influência sob a força de trabalho dos indígenas, logo fizeram com que estes se tornassem poderosos e adentrassem o século XVII com mais 10 mil membros reconhecidos.

Apesar do sucesso obtido, devemos lembrar que o desafio lançado aos membros da Ordem não era nada fácil. Afinal de contas, eles teriam que se deparar com indivíduos de uma cultura diferente, que em muitos casos, adoravam várias divindades e tinham hábitos que eram abominados aos olhos da moral cristã. Mas não devemos somente encarar o cotidiano dos jesuítas pela lógica do estranhamento e da conversão religiosa de várias pessoas.

Em muitos casos, observamos que a Ordem de Jesus foi responsável por uma importante produção de conhecimento sobre o Novo Mundo. Muitos padres jesuítas foram responsáveis pela catalogação e o aprendizado do conhecimento médico dos povos indígenas. O padre Anchieta, por exemplo, escreveu um dicionário português-tupi – chamado Arte de Gramática da Língua, mais usado na costa do Brasil, que ainda tem grande uso para o conhecimento da língua falada pelos nativos do século XVI.

Apesar do enfoque religioso e educativo, devemos salientar que o desenvolvimento de tantas atividades exigia uma grande quantidade de recursos financeiros. Por tal razão, os jesuítas tinham a preocupação de desenvolverem um amplo leque de atividades econômicas que englobava o empréstimo de recursos financeiros, a mineração, a venda de especiarias e o comércio de imóveis. Com o uso desses recursos, várias instituições de ensino eram mantidas gratuitamente no ambiente colonial.

Por volta do século XVIII, o prestígio da Ordem de Jesus estremeceu em face aos interesses políticos da época e o desenvolvimento de algumas questões teológicas. No ano de 1759, o governo de Portugal ordenou a expulsão dos jesuítas de todos os seus territórios. Algumas décadas mais tarde, o papa Clemente V ordenou que a ordem de Jesus fosse extinta. Contando atualmente com mais de 20 mil membros, a Ordem seria restabelecida somente na segunda metade século XIX.

 
Fontes:

http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/Luiz.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Xavier
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/nome-do-papa-revela-caracteristicas-de-seu-pontificado
http://www.brasilescola.com/historiag/a-ordem-jesuita.htm

terça-feira, 12 de março de 2013

SILAS MALAFAIA, RENAN CLALHEIROS E O AVAAZ

Blogs e Colunistas

19/02/2013
 às 19:13

Silas Malafaia e a agressão à democracia – A Avaaz, o site internacional de petições, sob o comando, no Brasil, de Pedro Abramovay, está desmoralizado. Veja como e por quê. Ou: Como usar Renan Calheiros para ocultar algo… pior do que Renan: a ditadura do falso consenso!

Caros leitores, vai um texto longo. Mas prestem muita atenção porque ele trata de uma questão cada vez mais relevante no Brasil: a qualidade da nossa democracia, que está sendo assaltada pelos capitães do mato do politicamente correto
Não, eu não sabia que Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça e defenestrado por Dilma da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas porque defendeu a não prisão de “pequenos traficantes” (???), é agora “diretor de campanhas”, no Brasil, da Avaaz, uma entidade internacional de petições online. A campanha mais bem-sucedida do grupo é a que pede o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Eu mesmo publiquei aqui muitos posts a respeito, com link para a petição. É evidente que a gente pode ser contra a permanência de Renan na presidência do Senado sem precisar se alinhar com Pedro Abramovay. E eu não me alinho com ele por uma penca de motivos. Gosto de clareza e rejeito gente que faz tráfico de ideias. Acho que este rapaz é partidário do totalitarismo ilustrado. E vou dizer, mais uma vez, por quê — há um motivo novo, estupefaciente! Entendo, agora com mais detalhes, por que a petição contra Renan penetrou tão facilmente nos grandes veículos. O moço tem “contatos na mídia” — mais do que muitos imaginam. Sabe ser “de confiança” para a esquerda e para setores do que já se chegou a chamar “direita”. É um bico doce! Bem, resta uma conclusão neste primeiro parágrafo: se Abramovay é um dos comandantes da Avaaz, isso quer dizer que parte da pressão para derrubar Renan Calheiros — ainda que isso possa ser justo — parte do próprio… PT! Não, isso não me fará apoiar Renan. Mas convém não ser ingênuo. Se Abramovay é filiado ou não ao partido, isso é irrelevante. O fato é que se trata de um seu fiel servidor. A entidade que ele dirige fez um troço escandaloso. Ele não tem como se desmoralizar; a Avaaz, sim! Antes que entre no caso, um pouco mais de memória.
Abramovay ainda estava na Secretaria Nacional de Justiça e de malas prontas para se transferir para a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas quando concedeu uma entrevista ao Globo defendendo o fim da prisão para pequenos traficantes. Seus amigos tentaram negar que o tivesse feito. Fez. Dilma o demitiu — uma decisão correta; eu a apoiei então. Procurem nos arquivos e encontrarão. Esse moço é o inspirador de uma campanha que foi parar na televisão chamada “é preciso mudar”, que defende, na prática, a descriminação do consumo de drogas, ainda que tente edulcorar a proposta. Num tempo em que o país se vê às voltas com o flagelo do crack, os valentes acham que essa é um boca causa…
Não só isso. Abramovay também está entre aqueles que acham que o Brasil prende demais —  os números demonstram que prende é de menos. Quando um surto de violência tomou conta de São Paulo, ele preferiu voltar as suas baterias contra o governo estadual, não contra os bandidos. É que ele era um dos divulgadores da tese — e disse isso em entrevista ao jornal O Globo (de novo!) — de que a taxa de homicídios no estado estava entre as mais baixas do país porque quem continha os assassinatos era o PCC… Também deixava entrever a suspeita de que haveria uma espécie de pacto entre a Secretaria de Segurança e o crime organizado. Como setores da imprensa afinados ideologicamente com ele lhe dão trela, a cobertura jornalística viveu um momento notavelmente esquizofrênico: de um lado, o governo do estado era acusado de patrocinar uma guerra cega contra os bandidos; de outro, era acusado de ter feito um pacto com eles. Em qualquer dos casos, quem apanhava era a polícia. Abramovay fez parte — e, em certa medida, foi seu articulador intelectual (dou crédito a quem merece!) — da campanha que resultou na queda de Antônio Ferreira Pinto, então secretário da Segurança Pública. Vejam que não acuso este rapaz de cometer crime nenhum. É possível alimentar ideias moralmente dolosas, pelas quais não se pode nem se deve ser punido. Mas o debate? Ah, esse tem de ser feito.
Vai acima uma pequena síntese das causas deste valente e de sua inegável influência na imprensa. Nem poderia ser diferente. Apareceu como um geniozinho do direito pelas mãos de Márcio Thomaz Bastos, aquele que era ministro da Justiça quando explodiu o caso do mensalão e que depois se tornou o advogado da fatia mais abastada, sem trocadilho, dos mensaleiros. Havendo alguma inverdade nesta breve síntese sobre o doutor sênior, ouvirei com cuidado. Mais: Abramovay é tido como gênio sem que precise demonstrá-lo. É porque dizem que é… Cadê a obra?
Vamos ao caso de agoraTodos conhecem o pastor Silas Malafaia. Ele é formado em psicologia e tem o devido registro profissional. Muito bem! Malafaia tem algumas opiniões que, de modo absoluto e irrecorrível, não coincidem com as minhas. E, evidentemente, concordamos em muita coisa. Destaco a concordância: ambos somos defensores radicais da liberdade de expressão e críticos severos do tal PLC 122 (a suposta lei anti-homofobia), que, se aprovado, pode mandar alguém para a cadeia por motivos meramente subjetivos. Já escrevi a respeito e não vou me alongar. E destaco uma das radicais discordâncias: Malafaia acredita que homossexuais possam ser reorientados — como deixou claro em recente entrevista a Marília Gabriela, que bombou no YouTube. Eu não acredito. As pessoas são o que são — e acho que permanece um mistério a causa. Acho, sim, que cada indivíduo pode disciplinar a sua sexualidade e, então, fazer escolhas.  Assim, eu não aprovo, não endosso nem defendo o trabalho de psicólogos que se dedicam a reorientar a sexualidade de seus pacientes.
Proibir, no entanto, que psicólogos atuem na “reorientação” junto àqueles que, voluntariamente, queiram se submeter a ela é uma violência antidemocrática, que fere a Constituição. Já escrevi um longo texto a respeito. O Conselho Federal de Psicologia aprovou uma resolução no dia 22 de março de 1999. Há lá coisas corretas e de bom senso e alguns absurdos. Reproduzo em azul trecho daquele post, em que transcrevo o Artigo 3º:
(…)
“Art. 3° – os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”
Ora, isso é só bom senso. Quem poderá defender que alguém, no gozo pleno de suas faculdades mentais, possa ser submetido a um tratamento contra a sua vontade? Convenham: isso nem é matéria para um conselho profissional. Mas me parece evidente que a resolução avança o sinal e joga no lixo o Artigo 5º da Constituição quando determina, por exemplo, o que segue:
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Qual é o principal problema desses óbices? Cria-se um “padrão” não definido na relação entre o psicólogo e a homossexualidade. Esses dois trechos são tão estupidamente subjetivos que se torna possível enquadrar um profissional — e puni-lo — com base no simples achismo, na mera opinião de um eventual adversário. Abrem-se as portas para a caça às bruxas. Digam-me cá: um psicólogo que resolvesse, sei lá, recomendar a abstinência sexual a um compulsivo (homo ou hétero) como forma de livrá-lo da infelicidade — já que as compulsões, segundo sei, tornam infelizes as pessoas —, poderia ou não ser enquadrado nesse texto? Um adversário intelectual não poderia acusá-lo de estar propondo “a cura”? Podemos ir mais longe: não se conhecem — ou o Conselho Federal já descobriu e não contou pra ninguém? — as causas da homossexualidade. Se um profissional chega a uma determinada terapia que homossexuais, voluntariamente, queiram experimentar, será o conselho a impedir? Com base em que evidência científica? Há uma diferença entre “verdade” e “consenso da maioria influente”. Ademais, parece-me evidente que proibir um profissional de emitir uma opinião valorativa constitui uma óbvia infração constitucional. Questões ligadas a comportamento não são um teorema de Pitágoras. Quem é que tem o “a²= b²+c²” da homossexualidade? A resolução é obviamente autoritária e própria de um tempo em que se impõe a censura em nome do bem.
RetomoCaras e caros, estão percebendo o que distingue uma sociedade democrática de uma sociedade totalitária, que, nos tempos modernos, se impõe com as vestes da democracia? Eu discordo de Silas Malafaia; eu discordo daqueles que acreditam na reorientação de homossexuais, mas me parece absurdo que um conselho profissional queira se imiscuir, desse modo, na relação entre paciente e psicólogo. Não existe isso em nenhum lugar do mundo!!! “Ora, Reinaldo, a Organização Mundial de Saúde não considera a homossexualidade uma patologia…” E daí? Ter o nariz torto, grande demais, pequeno demais ou o queixo arrebitado não são patologias também. Mas as pessoas podem estar infelizes com isso. Há gente que sofre porque é bonita demais, rica demais, famosa demais, essas coisas que, à primeira vista, parecem desejáveis aos feios, aos pobres e aos anônimos… O mundo é complexo.
O que pretendem? Um Esquadrão do Psicologicamente Correto a invadir consultórios para saber se o profissional está fazendo o trabalho como deve? POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, PRETENDEM, SIM, FAZER ALGO PARECIDO. E agora, finalmente, depois dessa longa explanação, chego a Pedro Abramovay.
Silas Malafaia e a AvaazAlguém lançou na página da Avaaz uma petição propondo a cassação do registro profissional de Silas Malafaia. Razão? As suas opiniões sobre a homossexualidade e a defesa que faz do que chama trabalho de “reorientação”. O próprio Conselho Federal de Psicologia já o ameaçou com isso, o que é, reitero, uma barbaridade. Debates assim não teriam a mínima chance de prosperar em países de cultura democrática consolidada.
Muito bem! No dia 9 deste mês, Ricardo Rocha lançou no mesmo site uma petição contra a cassação do registro. Ora, não é assim que as coisas devem funcionar? No escopo da democracia, alguns fazem petição a favor de terminadas causas, outras, contra. Pois bem: anteontem, aconteceu o que certamente a patrulha não esperava: os signatários favoráveis à manutenção do registro profissional de Malafaia (eu teria assinado com gosto se tivesse sabido a tempo, mesmo discordando radicalmente dele nesse particular) superaram, em número, os que queriam cassá-lo: 65.786 contra 55.000. E então se deu o ato indigno.
Ricardo Rocha, o criador da petição favorável à manutenção do registro de Malafaia, recebeu a seguinte mensagem da Avaaz, DIRIGIDA E DESMORALIZADA, NO BRASIL, por Pedro Abramovay (leiam com atenção!):
*
Olá RICARDO 
Obrigado por criar uma petição no site da Petições da Comunidade da Avaaz. Como está dito nos nossos Termos de Uso, nós somos uma comunidade não lucrativa baseada em valores e 100% financiada por pequenas doações de nossos membros. Como resultado, nós somos requeridos por lei e pela nossa comunidade a apenas promover campanhas que visam a nossa missão. Para ter a certeza de que estamos fazendo isso, nós enviamos petições para nossa comunidade todos os dias para pesquisar e checar se elas são apoiadas pela comunidade ou não.
Infelizmente, a maioria dos membros da Avaaz não apoiaram sua petição e, seguindo nossos Termos de Serviço, tivemos que removê-la de nosso site. Nós sentimos muito por isso e esperamos que isso não impeça sua participação ou criação de outras campanhas.
O texto da sua petição está abaixo desta mensagem. Você pode considerar recomeçá-lo num site comercial que não possui restrições legais sobre qual tipo de campanha eles podem promover como Care2.com, petitionsonline.com ou change.org.
Nossas sinceras desculpas,
A equipe da Avaaz
VolteiAh, bom! Então tá!
Atenção, meus caros! A primeira petição não era “favorável aos gays”, mas a favor da cassação do registro profissional de Malafaia. A segunda petição não era “contra os gays”, mas contra a cassação daquele registro.
Quando a Avaaz diz que só faz campanhas que visam “à sua missão”, cabe perguntar: uma de suas missões é cassar registros profissionais de pessoas das quais a “comunidade do site” discorda? A entidade, cuja sede é nos EUA, tem uma página gigantesca em que expõe os termos de uso, as questões legais e coisa e tal. Ali está escrito que a direção pode, sim, consultando seus membros, retirar ou recusar petições — desde que elas ofendam, segundo entendi, os princípios gerais ali expostos.
Ora, se alguma transgressão existe aos fundamentos da Avaaz, ela está justamente na petição que demoniza Silas Malafaia. Trata-se de uma agressão dupla: à sua formação de psicólogo e à sua condição de pastor. Estamos diante de uma soma de intolerâncias. Estamos falando de pessoas que não conseguem conviver com a divergência.
Não sei como se comporta a Avaaz no resto do mundo. Vou tentar saber. O que é certo é que o Pedro Abramovay, o chefe de “campanhas” da entidade no Brasil, acaba de desmoralizá-la. Não duvidem: se os que querem cassar Malfaia tivessem ganhando de goleada, a outra petição não teria sido retirada. É que, no jogo de que Abramovay é “árbitro”, só um lado pode vencer.
ConcluindoO caso ilustra esta era do fascismo do consenso. Embora, como se demonstrou até o momento em que a petição foi retirada do ar, a maioria estivesse contra a cassação do registro de Silas Malafaia, ficou valendo a voz da minoria que quer puni-lo, numa agressão óbvia à Constituição. O consenso vira a voz da minoria!Assim, no Brasil, a Avaaz deixa de ser um site de petições que vocaliza a opinião da sociedade civil, como eles pretendem, para se transformar num grupo de pressão que tem uma agenda política.
Eu não esperava outra coisa de uma entidade comandada por Pedro Abramovay ou que o tem como “diretor de campanhas”.
“Ah, mas e a causa meritória contra Renan Calheiros?” Bem, trata-se apenas de um caso em que a virtude serve para ocultar os vícios.
Lamento! A Avaaz está desmoralizada. Enquanto Pedro Abramovay for seu “diretor de campanha”, este blog não mais reproduzirá as suas petições, ainda que sejam feitas contra o demônio… De algum modo, o rabudo estará se beneficiando. Este blog encontrará formas certamente mais sinceras — e democráticas — de se opor ao Coisa Ruim. De resto, não sou tolo e sei que o site pode muito bem sobreviver sem mim. Não vou coonestar totalitários em pele de cordeiro.
No Brasil, a Avaaz deixou de ser a voz da sociedade civil para ser a dona de uma agenda política, como é o petista, pouco importa se só de coração ou também de carteirinha, Pedro Abramovay. A democracia de um lado só é a forma mais virulenta de ditadura. E eu dou um pé simbólico no traseiro de ditadores desde os 14 anos. Na prática, Abramovay e a Avaaz, no Brasil, não são diferentes desses delinquentes políticos e intelectuais que saem por aí agredindo Yoani Sánchez. Há a uni-los a intolerância com a divergência.
Por Reinaldo Azevedo